Geografia da Saúde

Uma pesquisa clássica na área da geografia da saúde foi realizada em 1854 quando a cólera se espalhou por Londres. Muitos estavam morrendo e a população temeu que estivesse sendo infectada por vapores vindos do chão. Dr. John Snow pensou que se pudesse localizar a fonte da doença, ela poderia ser contida. Elaborou mapas mostrando as casas das pessoas que haviam morrido de cólera e a localização das bombas de água. Ele descobriu que uma bomba, a bomba pública em Broad Street era central para a maioria das vítimas. Deduziu que a água infectada da bomba era a culpada. Ele instruiu as autoridades a remover o acesso à bomba, tornando-a inutilizável. Após isso o número de novos casos caiu.

Geografia da Saúde no Brasil

A pesquisa no Brasil é antiga. Muitos trabalhos como o dos professores Oswaldo Paulo Forattini, Samuel Pessoa e Josué de Castro já demonstram a preocupação com o tema, muito mesmo antes, de uma Geografia da Saúde definida como ciência. Sempre houve pesquisas com temas diferenciados, todavia, mostrando a preocupação com a saúde pública brasileira e seus contextos. Somente a partir de 2003 foi criado o I Simpósio Nacional de Geografia da Saúde na UNESP de Presidente Prudente - SP. Este evento teve como objetivo:

1-Identificar e analisar as ações investigativas, congregando os pesquisadores que estudam a temática da saúde, tanto em instituições universitárias como em instituições do setor saúde.

2. Propor atividades concretas para criar a articulação permanente entre os interessados no tema.

3. Avaliar a contribuição da Geografia Brasileira em saúde, situando-a no contexto da produção latinoamericana.

Já no II Simpósio Nacional de Geografia da Saúde, evento realizado no Rio de Janeiro em 2005, trouxe a preocupação de que a Geografia da Saúde era um campo do conhecimento em crescimento e que um dos compromissos primordiais era contribuir para a consolidação do SUS e a redução das desigualdades sociais. No Brasil, diversos eventos no campo da Saúde Coletiva, como os congressos brasileiros de Epidemiologia, e da Geografia, como os encontros nacionais de geógrafos, têm demonstrado o interesse crescente, tanto de sanitaristas quanto de geógrafos, na incorporação de conceitos e no desenvolvimento de metodologias capazes de incluir o espaço geográfico nas análises de situação de saúde e no estabelecimento de políticas públicas de saúde. Por isso, o tema escolhido para nortear as discussões do II simpósio foi “a geografia e o contexto dos problemas de saúde”.Desta forma os objetivos do encontro foram:

1-Avaliar e divulgar a produção científica sobre geografia e saúde no Brasil.

2-Promover o intercâmbio entre pesquisadores e entre métodos utilizados pela geografia da saúde.

3-Incentivar a incorporação de abordagens geográficas nas temáticas de saúde coletiva.

4-Incentivar a difusão da geografia da saúde e sua incorporação ao currículo de formação de geógrafos e profissionais de saúde.

Em 2007, o III Simpósio Nacional de Geografia da Saúde reforçou o âmbito internacional do evento. A participação de colegas/equipes de vários países (em particular da Argentina, Cuba e Portugal), reafirmou a vocação internacional do mesmo. Assim, a realização do III Simpósio Nacional e do II Fórum Internacional de Geografia da Saúde foi na cidade de Curitiba, numa promoção conjunta da UFPR / UEL / UEM. Também diferentemente dos anteriores, o evento não teve objetivos, a coordenação adotou um tema geral para conduzir a discussão do simpósio.O tema geral do evento foi “Geografia, Medicina e Saúde: Do diálogo de saberes aos desafios da espacialização do processo saúde-doença”. Esta temática geral encontra-se sub-estruturada em cinco eixos temáticos nos quais tanto os avanços teórico-metodológicos quanto os estudos de casos poderão explicitar abordagens que coloquem em evidência o estado da arte da geografia médica e da saúde no Brasil e no exterior; os trabalhos a serem apresentados e debatidos possam, almeja-se, contribuir para minimizar os problemas de saúde da população e para uma maior eficácia das políticas de saúde. O debate ajudou a pensar para além das especificidades disciplinares. Alguns detalhes da multicausalidade das doenças e da multi-interdisciplinaridade envolvida neste conhecimento são merecedores de maior atenção, tais como a linguagem necessária para a promoção do trabalho conjunto e do intercambio de experiências, conhecimentos e idéias. O que ficou evidente nas discussões do evento.

Geógrafos da saúde

Jonathan Mayer

Melinda Meade

Ellen Cromley

Anthony C. Gatrell

Jim Dunn

Robin Kearns

Sara McLafferty

Graham Moon

Gerard Rushton

W.F. (Ric) Skinner

Fonte:

Wikipédia

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