O imperador do Brasil estava no auge dos seus 34 anos quando veio conhecer a Ilha de Itamaracá.
No dia 7 de dezembro de 1859, o monarca parte de Goiana, ainda no alvorecer, e segue de galeota¹ pelo Rio Tejucupapo.
O Rio desagua no canal de Santa Cruz, e, junto com ele, Pedro II contempla o pontal da ilha. Havia, neste local, protegendo a entrada norte do canal que separa a ilha do continente, um pequeno Forte em ruínas.
A embarcação, à remo, segue pelo lado oeste da ilha e, em poucas horas, chega à vila velha.
Após o desembarque, o mirante aos fundos da Igreja mais antiga do Brasil ( Igreja de Nossa Senhora da Conceição) chama a atenção da realeza.
À tarde ele caminha três quilômetros pelas trilhas dos holandeses até à maior fortaleza do nordeste, construída em pedra.
Após alguns momentos no Forte Orange, o monarca segue à galope pela beira-mar até o Pilar, que, nesta data, já era a sede da Ilha.
Feitas as cerimoniosas boas vindas, no centro da cidade, sua majestade retoma a montaria e toma o destino da Vila Velha — onde estava hospedado.
No caminho, resolve conhecer a lendária mangueira jasmim — A mangueira que faz parte de uma lenda a qual inspirou a ópera " Marília de Itamaracá "/ Luís Vicente de Simoni.
As horas avançam e o monarca se vê no pátio da Capela Bom Jesus Menino, contemplando a Lua e saboreando as mangas de Itamaracá.
Pedro II partiu no dia seguinte para Recife, deixou ilha — além de duas palmeiras imperiais que plantou próximo à capela — um selo Real, na majestosa história Ilha de Itamaracá.
Referência: vol.03 Pg.26 do diário do imperador.
Texto: Júlio Fernando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário