Os Zigurates:
Os templos religiosos da Mesopotâmia eram grandes estruturas que abrigavam as classes de sacerdotes e sacerdotisas, possuiam escolas anexas, e locais para armazenamento de grãos e outros bens que pertenciam ao templo. O Zigurate era parte da estrutura de alguns templos.
Ele era uma grande construção, normalmente em forma de pirâmide escalonada, com longas escadas, que levavam ao topo onde havia algum tipo de templo religioso. Infelizmente nenhum desses templos sobreviveu, temos apenas relatos de sua existência e vestígios das bases de alguns deles.
Nem todos as cidades possuiam um zigurate, mas todas as cidades possuíam um templo. A religião era extremamente importante para a cultura da Mesopotâmia, e estava completamente entrelaçada com a política, a agricultura, a educação e todos os demais facetas da vida desse povo.
A razão de existir dos zigurates é tema para muitos debates entre os historiadores. A verdade é que não temos certeza. Com as fontes que possuímos só podemos fazer conjecturas.
"(...) talvez representar a montanha sagrada da suposta pátria original dos sumérios; talvez elevar o santuário do deus acima das inundações que afligiam regularmente o sul da Mesopotâmia; possivelmente manter as pessoas comuns o mais longe possível do santuário supremo. (..) Como obras de arte arquitetônicas, sua função principal, como a de todas as edificações, é deixar uma marca na paisagem." (KRIWACZEK, 2018, p.200-201)
Os mesopotâmicos tinham o costume de assentar a base de suas funções sobre antigas construções, tornando assim suas construções cada vez mais altas. Talvez o zigurate seja um desenvolvimeno adicional dessa prática.
O risco de inundações também é citado por outros autores, como uma das razões possíveis para a elevação dos templos: manter os deuses a salvo das enchentes era essencial para que a benevolência deles continuasse a servir aos interesses da cidade.
Também é possível que a plataforma elevada dos zigurates favorecesse a sua utilização para observatório de experiências astronômicas. Os mesopotâmicos possuíam bons conhecimentos de astronomia e ela estava intimamente ligada a religião e ao misticismo, como a própria invenção da astrologia comprova.
Boa parte dos Zigurates não existe mais, apenas as suas fundações foram encontradas.
A seguir algumas imagens e informações sobre alguns dos Zigurates mais conhecidos e bem preservados, aqui será apresentado o mais conhecido que é o Zigurate de Ur os outros colocarei nas demais postagens
Zigurate de Ur
O zigurate de Ur é de longe o mais famoso de todos os zigurates, principalmente pelo fato de ser um dos mais bem conservados. O zigurate foi escavado nas décadas de 1920 e 1930 por Leonardo Wooley, que também foi o descobridor do Cemitério de Ur e do túmulo da rainha Puabi.
Sua construção foi iniciada durante a 3° Dinastia de Ur pelo rei Ur-Nammu (2112-2095 a.C), e terminada no reinado de seu filho, rei Shulgi (2095-2049 a.C).
A estrutura tem cerca de 60 metros de largura por 45 metros de profundidade, e a parede do primeiro andar tem cerca de 15 metros de altura. Há estimativas de que a altura original do prédio era de 30 metros. A cidade de Ur ficava as margens do rio Eufrates.
Fonte:https://apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/44/conheca-os-principais-zigurates-da-antiga-mesopotamia
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